Terra
Segundo momento da Exposição Principal, Terra está associado à pergunta “Quem somos?”. Somos matéria, vida e pensamento. Longe de serem estanques, essas três dimensões atuam umas sobre as outras e, na exposição, estão representadas por três cubos de sete metros de altura.
Todos os cubos têm um lado interior e um exterior. No da Matéria, pelo lado de fora o visitante tem uma visão unificada da Terra, tal como a avistou o cosmonauta russo Yuri Gagarin. Ela é vista não em sua forma fragmentada, em países ou continentes, mas como um astro único. Nessa experiência, o visitante vê cerca de 180 fotografias da Terra em grande ampliação. No interior do cubo, se familiarizará com os diferentes ritmos que marcam o funcionamento material do planeta. Diferentes fluxos batizados de “oceanos”.
O movimento muito lento das placas tectônicas – de alguns centímetros por ano –, o movimento mais rápido das correntes marinhas, o balé bem mais veloz dos ventos pelos ares e a rapidíssima evolução da luz do Sol. Esses quatro ritmos se associam para produzir um novo, que é o ritmo do clima, da sucessão das estações.
A seguir, temos o cubo da Vida, cuja “pele” remete ao suporte bioquímico do código básico que coordena a composição e o desenvolvimento de todos os seres vivos, o DNA; já o interior apresenta a imensa variedade dos organismos, que se relacionam de múltiplos modos e se integram formando ecossistemas. A diversidade e a interconectividade da vida na Mata Atlântica surgem em uma seleção de fotos produzidas durante três expedições realizadas especialmente para o Museu do Amanhã. Apresentamos o ecossistema da Baía de Guanabara, onde o Museu do Amanhã se localiza, em seus variados hábitats, do topo da Serra dos Órgãos às águas do litoral. Também exibimos o ecossistema microbiano que cada um de nós carrega, e do qual nossa saúde depende.
O terceiro cubo, enfim, apresenta a dimensão do Pensamento. No exterior, temos mais uma vez um elemento unificador: nosso sistema nervoso, que é essencialmente o mesmo em todos os seres humanos. Dessa identidade fundamental, no entanto, resulta a incrível diversidade das culturas, ilustrada por centenas de imagens que retratam diferentes aspectos de nossa vida, sentimentos e ações – como habitamos, celebramos, disputamos, pertencemos.